sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Especial férias: Reflexão Natalina em áudio

Que tal incluir uma atividade de reflexão natalina bem legal no seu Calendário do Advento?

Migues, uma amiga que mora nos EUA me passou o desafio: fazer uma reflexão de Natal, em português, para os filhos dela. A ideia era um texto mas... mexe daqui, mexe dali, num é que saiu um áudio bacana para você colocar as crias para ouvir? A voz é minha (hihihihi) e o tratamento do áudio é do Juliano, um amigo querido e super disponível para ideias maluquetes.

Eu não manjo muito de linguagem html e não consegui subir o áudio sem subir minha cara linda junto hehehehe

Se você quiser usar o áudio, fique a vontade. Mas não se esqueça de me contar como foi a experiência! Ah e se quiser dividir com mais alguém, pode também - sempre dando os créditos ao Mama Sapiens, por favor :)

Agora coloque as crianças na cama, peça para fecharem os olhinhos e solta o som!  


Calendário do Advento

Já ouviu falar do Calendário do Advento? É muito legal! A ideia é bem conhecida nos EUA e está chegando na nossa terrinha com força total.

O calendário é nada mais nada menos do que uma contagem regressiva para o Natal, porém com uma pitada pedagógica (como a maioria das coisas do Mama Sapiens). São 25 atividades relacionadas ao Natal para serem feitas, uma por dia, do dia 01/12 até o dia 25/12.

Há algum tempo eu fiz este aqui e ficou tão massa que resolvi fazer para presentear primos e coleguinhas! A ideia é ir aparando a barba do Papai Noel diariamente. Atrás de cada pedacinho da barba tem uma atividade para fazer com as crianças.


Agora você deve estar pensando "mas noooooossa, o Natal já está aí e só agora você fala, valeu"... bem... Este ano, por motivo de atraso trabalho, vamos adaptar o calendário aqui em casa e faremos do dia 20 até o dia 25 ;)

Fiz este molde mais ou menos no olho em um dia de pura inspiração. Na santa internet você acha outras ideias também, veja AQUI.

Migues, se vocês fizerem um Calendário do Advento, vocês me contam como foi?

Bjo!
Malu


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Férias: Não se descabele Parte III - Tubo de papel higiênico

Oi oi oi
Vamos fazer uma atividade baratinha e que duuuuuura um tempo bom?

Material:
Tubo de rolo de papel higiênico
Fita crepe
Tampinhas de garrafa pet em cores variadas



Como:
Pregue o tubo na parede com a fita crepe (a vantagem dessa fita é que ela não estraga a pintura), coloque um baldinho logo abaixo do tubo e entregue as tampinhas para a criança. Pronto! Lembre-se sempre de monitorar seu filho, ok? Não queremos ninguém engolindo tampinhas!

O que trabalha:
Coordenação motora fina, vocabulário de números e cores.

Dica Sapiens:
1) Peça à criança para separar as tampinhas por cores e contá-las ao passar pelo tubo;
2) Você pode pedir para ela adivinhar qual cor vai aparecer no fim do tubo, neste caso você é quem coloca as tampinhas;
3) Use tubos maiores e varie a posição deles;
4) Se você tiver conhecimento de outro idioma, pode treinar as cores e/ou números com o seu filho em outra língua!

Migues, já viu as outras atividades? Clica no nome que ela aparece para você!
Corrida da Pipoca
Sabonete de Sabonete

Bjo,
Malu Pedrosa

Férias: Não de descabele Parte II - Sabonete de sabonete!

Que tal fazer um sabonete fofo com... outro sabonete?

Material necessário:
Um sabonete normal, daqueles de supermercado mesmo
Microondas




Como:
Tire o sabonete da embalagem, coloque em um prato que possa ir ao microondas. Programe o microondas para 1 minuto e 30 segundos (o tempo varia de acordo com cada aparelho). Após o tempo de microondas, confira se seu sabonete está tipo uma nuvem. Se necessário, aumente o tempo.

A nuvem de sabonete estará bem quente, cuidado! Ela murcha rápido, e é aí que está o pulo do gato: pegue cortadores de massinha ou biscoito e faça outros sabonetes a partir da nuvem. Nesta etapa, tudo estará morno, então pode colocar a criançada para trabalhar. Mas lembre-se de monitorar tudo de perto e checar a temperatura antes de entregar os cortadores, ok?

Agora é só esperar os novos sabonetinhos endurecerem e tchaaaan! Novos sabonetes para alegrar o banho das crias!

 
O que trabalha:
Coordenação motora fina, senso de observação, bons hábitos de higiene

Dica Sapiens: O microondas fica com cheirinho de sabonete alguns dias, então deixe a porta aberta o máximo que você puder após a brincadeira. Se você quiser ver uma nuvem p-e-r-f-e-i-t-a, tente com o Ivory Soap - infelizmente não comercializado no Brasil.  


Migues,
Tamo sempre juntas!
Bjo,

Malu Pedrosa

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Férias chegando? Não se descabele parte I: Corrida da Pipoca

Oi oi oi

Férias chegando meu pai do céu e o que fazer com as crianças? Aqui no Mama Sapiens muitas atividades já foram testadas e reprovadas aprovadas... hehehehe

Vou dividir com vocês atividades simples e de baixo custo, porém a maioria com uma pitada pedagógica. Quem vem comigo?

Para começar, uma das nossas favoritas: Corrida da Pipoca!

Material necessário:
Fita crepe
Canudinho
Pipoca pronta



Como:
Faça uma pista de corrida (ou circuito) com a fita crepe, linhas retas, algumas curvas, solte a imaginação! Adeque sua "pista de corrida" à idade da criança: quanto mais retas, menor o grau de dificuldade e, quanto mais curvas, maior o grau de dificuldade.

Escolha uma pipoca bem bonita, entregue o canudinho e pronto! A criança vai soprar a pipoca com o canudinho tentando manter a pipoca dentro do traçado que você fez no chão.

Para fazer a brincadeira ficar mais desafiadora, você pode marcar o tempo que a criança leva para levar a pipoca do início ao fim da pista. Como? Com o cronômetro do celular! ;)

O que trabalha:
Concentração e coordenação motora fina  

Dica Sapiens: Deixe a fita crepe alguns dias no chão. Ela pode ser usada como pista de corrida para carrinhos e como "trilha". A trilha trabalha a coordenação motora grossa!

Migas, tamo juntas nessas férias!

Bjo,

Malu Pedrosa

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A revolta dos ovos de codorna

Aqui em casa ovo de codorna é o maior sucesso. Todos amam... Na verdade, todos amam COMER. E ontem, o processo nada glamouroso de descascar uma dúzia dessas bolinhas da felicidade, despertou-me um momento de reflexão.


Tem coisa mais chata do que descascar ovinhos de codorna? Garanto que essa tarefa está no top 5 das chaturas de uma cozinha. Para começar, você tem que acertar o ponto do cozimento. Depois decidir qual lado está mais tranquilo e favorável para começar a descascar aquela pelinha tão delicada, sempre tomando cuidado para não puxar demais e a clara sair junto com a casca. Então, depois de estar com a parte debaixo das unhas com a dignidade perdida de tanta casquinha enfiada ali, você lava os ovos em água corrente para garantir que ninguém terá uma surpresa ao saborear tal iguaria. Por fim, você serve os ovos e eles duram, tipo, uns cinco minutos na mesa, no máximo.

Foi pensando neste processo, que todas nós, mães, estamos tão familiarizadas que instaurei a Revolução dos Ovos de Codorna em meu reino. Gente, é muito injusto! Se você leu até aqui, acompanhe meu raciocínio e me diga que não estou louca. Você vai lá e faz o processo inteiro sozinha. Um processo chato e demorado. E o fruto do seu trabalho desaparece em um piscar de olhos. Até aqui, você deve estar se questionando: essa louca não quer dividir os ovos, é isso? Na, na, ni, na não. Na verdade o que eu quero dividir é o processo.

O amor que sentimos por nossos filhos é tão infinito que, por vezes, eu diria inúmera vezes, atropelamos o curso natural das coisas e temos o impulso de tomar decisões por eles. Claro que grandes decisões que envolvam saúde, bem-estar e segurança, devem ser tomadas por nós. Mas quando digo que atropelamos o curso natural das coisas, me refiro a coisinhas pequenas, corriqueiras, como descascar um mero ovinho de codorna. 

Ao dividirmos pequenas responsabilidades com nossos pequenos, estamos dando a eles ferramentas muito importantes para a vida: autonomia, senso de pertencimento e vida em comunidade. Quantos pais não brigam com seus filhos adolescentes para que eles arrumem o quarto, coloquem a roupa suja no cesto, façam a cama pela manhã? A lista é infinita, tanto de tarefas quanto de pais descabelados. 

Meus filhos ainda são pequenos e aqui em casa, a partir de agora, ovo de codorna só com casca na mesa. Faço isso por mim, mas principalmente por eles. O caminho da criação com autonomia é longo mas por que não começar pelos ovinhos de codorna?

*Texto meu publicado originalmente no BH for Kids. Link AQUI

sábado, 15 de outubro de 2016

Pão com manteiga

Era um simples pão com manteiga todo café da manhã. Na chapa, quentinho, fazendo dupla com o café coado e trio com a companhia à mesa. Chegava a ser aconchegante o prato principal de um
desjejum que se repetia a dois há mais de 30 anos.


O trio desfez-se, não por vontade própria, mas por força do destino. Ficaram o café coado e o pão com manteiga na chapa. Não há mais companhia à mesa. O tempo passou e levou com ele as conversas matinais e o ritual de começar o dia juntos. Sozinha à mesa, ela não tem mais coragem de se entregar ao rito sagrado do casal. Pão com manteiga na chapa, naquela casa, nunca mais.

Todas as vezes que sinto o perfume desse pão, lembro-me dessa história. A história dos meus pais. Lembro-me que a vida pulsa e acontece em cada pedacinho do dia, em cada pedacinho de nós. Lembro-me que a vida é aqui e agora e que devemos comer quantos pães com manteiga nos forem ofertados. Um dia a oferta vai virar lembrança, a lembrança vai virar dor e a dor será a nossa companhia à mesa. E, enquanto este ciclo não se fechar, levanta-te e vá. Simplesmente vá. Vá e distribua amor, seja ele da forma que for, para quem for. Mesmo que seja na forma de um simples pão com manteiga.

Miopia

Já faz muito tempo que eu me descobri míope. Um grau bem leve e por isso nem usava óculos e tinha certeza que estava tudo bem enxergar do jeito que eu enxergava.

Sem perceber, eu selecionava o que queria ver direito e apertava os olhos e, também sem perceber, selecionava o que queria deixar passar e nem fazia esforço. Era um ligar e desligar dos olhinhos apertadinhos automático. Até que cheguei em um limite de passar direto por conhecidos na rua, errar placa de trânsito e dar sinal para ônibus errado: hora de rever essa tal miopia. Foi quando larguei a rebeldia de lado, fui ao oftalmologista e fiz um par de óculos.

Praticamente com uma lupa na cara, pude ver, literalmente, que a miopia é um fenômeno social. A gente olha e enxerga como quer, como gostaria que fosse. A gente sabe que tem algo errado ali, ah, mas deixa pra lá, a gente finge que está tudo bem e segue em frente. No fundo, a gente sabe que pode ver melhor, ah, mas pra quê, desse jeito já está bom. Enxergar a vida tão de pertinho assim pode ser um processo perigoso, que envolve coragem e pré-disposição à dor.

Porque quando apertar os olhinhos sai do automático, você toma as rédeas da sua vida e passa a decidir o que ver e o que não ver de verdade. A miopia deixa de ser social e o que a gente antes fingia que estava bom, tem que ser arrumado para ficar realmente bom. O que a gente enxergava - e fantasiava - como uma certa realidade convencional toma um caminho sem volta na busca pela verdade, nua e crua, como ela é e sempre foi.

Hoje, com meus óculos na cara, deixei de ser míope rebelde mas continuo míope social. A diferença é que o apertar os olhos foi substituído por tirar e colocar uma lupa a minha frente e, a escolha de enxergar ou não as coisas como são, saiu do automático e tornou-se consciente.

Não, eu não uso óculos o tempo todo, porque no fundo, uma pitada de miopia social ainda me faz bem.

Eu e o filtro de barro usado

Ganhei um filtro de barro da minha mãe. É um filtro usado e, talvez, esta seja uma das melhores partes do presente. Minha filha, quero te dar um filtro. Mas quero te dar o meu, ao invés de um novo. E foi assim que a história começou.

Cheguei à casa da minha mãe e observei um filtro novo. Encostei a bolsa e fui tomar meu costumeiro copo d'água. Ela observou calada. Depois, disse: água ruim, né? Filtro novo é assim. Gosto de barro puro! E foi-se. Rindo-se da minha cara de quem pouco entendia sobre filtros de barro. E talvez pouco entendia sobre a vida e seus encantamentos.

Mãe é assim mesmo. Cheia de mistérios escondidos em uma simplicidade única. Fiquei com aquele gosto de barro na boca e com uma certeza no coração: ela havia me dado o filtro usado por amor. Por um amor que tudo quer fazer pelo filho, sentir, doer-se, retorcer-se, amar, trilhar e muitas vezes, poupar.

Ela quis me poupar do gosto desagradável da água barrenta, assim como já quis me poupar de tanta coisa ruim na vida, que nem sei. Só sei que suspiro, sorvendo a água deliciosa do meu filtro velho, sem nenhum traço do gosto de barro, pensando nesse amor tão imenso que é capaz de qualquer coisa. Bebo a água tentando absorver um pouco da experiência de tanta vida vivida por aquela mulher simples e sabida. Bebo a água, sinto-me agradecida por ter provado a água de barro também. Água que representa o novo, o por vir, o bruto e primordial. Depois me recordo do gosto refrescante do velho, do que já veio, do lapidado e derradeiro.

De um lado tenho a vida que virá e do outro a vida que já foi. Quisera eu poder sempre contar com a água límpida em meu caminho, mas não posso... O barro também me molda e por vezes, amada mãezinha, terei sim que enfrentar algum gosto ruim pela vida afora. Sozinha, mas com a certeza de que com o tempo o gosto ruim vai passar e tudo ficará bem. A vida é cheia de encantamentos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Post 001

Inaugurar um blog novo é uma alegria enorme!

Aqui estamos nós, cheios de sonhos, histórias, dilemas e expectativas! Por falar em expectativa... onde ela fica nessa história de realidade? A expectativa era inaugurar o blog no Dia das Crianças, não deu e passou para o dia 13 e no fim das contas rolou no dia 14.

Com a maternidade é assim também: na nossa cabeça o dia vai correr de um jeito e de repente vem aquela guinada de 180 e não acontece metade da expectativa... sério, gente! Quem nunca? Se identificou? Então fique aqui que te prometo uma maternidade sincera na veia, que tenta equilibrar todos os dias a expectativa com a realidade...